Livro: "Sidarta", Hermann Hesse
- silviamhac6
- 19 de set.
- 2 min de leitura
Escrito do começo do século XX, o livro antecipa o interesse ocidental pelas leituras do oriente que se aprofundam na década de 60, 70, durante o movimento da contracultura.
Hesse traz a vida de Sidarta, jovem brâmane que vivia sob os ensinamento de velhos sábios, mas que sempre andava com sua alma inquieta em busca do Átman, que ninguém conhecia. Por isso, sai pelo mundo em busca daquilo que poderia saciar sua sede espiritual e, assim, se embrenha na floresta com novos ascetas. Por mais que meditasse, Sidarta só acreditava que nessa prática se desindividuaria, mas voltando sempre para o “eu”.
Se separa de seu amigo Govinda, que se sente atraído pela doutrina de Gotama (o Buda). Ele conversa com o líder espiritual, mas não vê sentido em seguir nenhuma doutrina e parte novamente para seu percurso. Foi buscar na cidade experiências mundanas que o satisfariam, como ter uma bela amante, o jogo por dinheiro e acumulo de riqueza. Bem sucedido em tudo que se propôs, ele passa a sentir desinteressado da vida entre o que considerava
"homens tolos” e volta a vida de peregrino.
Sidarta se encontra a beira do rio, como balseiro a atravessar devotos de Gotama. Ele fala com o rio, sentia que a agua corria, corria, mas sempre estava lá. Pensou sobre a inexistência de passado, presente e futuro e que o menino, o homem e o ancião não estavam separados.
O livro de Hesse fala sobre o Sansara vivente no processo de individuação. Uma obra a ser lida com a alma aberta para o reconhecimento das vicissitudes da vida e do Universo, de uma busca pela paz interna: pessoal e solitária.
HESSE, Hermann. Sidarta. Tradução: Herbert Caro. 68 ed. Rio de Janeiro: Record, 2021.





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